terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Excelentes surpresas...



Ok, a maioria dos filmes que vou descrever aqui já entraram em cartaz há tempos (alguns já nem estão mais no circuito), mas valem as palavras!
Ano passado cometi um erro. Perdão, Pai, pois pequei! Não fui um bom cinéfilo. Aliás, praticamente perdi este “título”. Vi pouquíssimos filmes no cinema e mal fui à locadora.
Como penitência: proibi-me de cometer o mesmo erro ou aumentá-lo. Tenho até ajuda especial: cinema “do lado de casa” no Bangu Shopping. O esperado (e suntuoso) Cinesystem.
Observação especial: apaixonei-me pelo cinema, é de qualidade e suas salas em nada ficam devendo a outras tantas espalhadas Rio de Janeiro afora.
Voltando: comecei o ano com o pé direito, (muita) ambrosia, esquema McDonald's e redenção. Isso tudo no belíssimo filme pop-brasileiro: Meu nome não é Johnny. Deixei-me envolver por essa nova obra-prima do cinema nacional. Já figura na lista dos meus favoritos tupiniquins, juntamente com Cidade de Deus e Tropa de Elite. A linguagem é completamente diferente desses dois citados. João Guilherme é um “filhinho de papai”, não tão mimado porque tem que correr atrás do que quer. E o que João mais queria na sua adolescência era aprender a surfar. Logo que juntou dinheiro com seu próprio suor, tratou de comprar sua prancha e entre uma onda e outra, acabou entrando numa onda ainda maior: a maconha. Daí pra cocaína foi um salto. E um salto ainda maior para o tráfico. Não, ele não foi um daqueles traficantes propriamente ditos, com fuzil na mão; nem falou “J. Guilherme é o caralho, meu tb não é Johnny, porra!”. Ele foi um cara que foi dançando conforme a música e acabou se metendo numa furada imensurável.
Páro por aqui, pois quanto menos se souber do filme, melhor! Destaque pra Julia Lemmertz, Cássia Kiss (incrível!), Luis Miranda (impagável!) e – obviamente – Selton Mello. Se o filme continua conquistando espectadores, é devido a ele.
Depois, ouvi falar num filme de grandes atores e grande diretor (Russel Crowe, Denzel Washington e Ridley Scott, respectivamente). Revolvi assisti-lo sem ler absolutamente nada, nem sinopse e me surpreendi com tamanha qualidade. Não só no roteiro, como nas atuações, na forma como a história foi contada. Eu, simplesmente, não conseguia desgrudar os olhos da tela. Aplausos e prêmios sejam devidamente oferecidos a Washington e a Crowe, principalmente, pela construção dos personagens. Impossível não acreditar num gângster de prestígio como o de Denzel e não simpatizar com o policial honesto (como poucos) e caçador do primeiro, interpretado por Russel. Ridley Scott, sou cada vez mais seu fã por conduzir essa história com maestria! Show de bola!
Calma que ainda tem mais! Há um ano atrás li um livro indicado por minha mãe. Ela falara maravilhas dele e eu li-o cheio de expectativa. Era O caçador de pipas de Khaled Houssein (já comentado aqui anteriormente). Amizade, traição e redenção são retratadas de forma tocante nesse livro. Daí fiquei sabendo que haveria uma adaptação do mesmo para a telona, também soube da polêmica em torno dos atores mirins que estavam sendo discriminados em seu país por participar de um filme americano. Polêmicas à parte, o filme é um brinde à amizade e aos bons valores tão perdidos no mundo de hoje. Pra quem leu o livro, claro, fica a sensação de que “falta algo”, mas quando se desprende da leitura, consegue-se aproveitar a experiência cinematográfica numa boa. A interpretação de Zekeria Ebrahimi (o jovem Amir) e Ahmad Khan Mahmidzada (o jovem Hassan) faz inveja à muita gente por aí. Assim como ocorreu com o autor do livro: Amir e Hassan tem novos rostos em minha mente, especialmente Hassan sua lealdade, amor e amizade são ainda mais concretas pra mim agora.
“Agora pá finalizar issaqui, a última cosa que quero les dizê...” (já diriam as meninas pastoras da vida...) é que o Cloverfield é um blockbuster de qualidade. Diversão despretenciosa e garantida pra quem vai ao cinema esperando apenas um bom passatempo. Filme de terror não precisa de grandes explicações, nem de grandes finais e este aqui cumpre seu papel à risca. A tensão está presente durante quase toda sua exibição e a sensação de que aquilo tudo realmente aconteceu permanece depois de seu término. Também vale a pena.

Estréia do pluviômetro! Aparelho que medirá quantas "gotas de chuva" o filme merece.

5 gotas = Excelente.
4 gotas = Muito bom.
3 gotas = bom.
2 gotas = razoável.
1 gota = péssimo.

Pluviômetro:
Meu nome não é Johnny

Trailer:


O Gângster

Trailer:


O Caçador de Pipas
(Trailer já postado aqui antes)

Cloverfield
Trailer:

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