terça-feira, 4 de março de 2008

Festa ‘colorida’

"O aumento do consumo de drogas entre os jovens é preocupante. A cada dia eles estão ingressando mais cedo nessa ‘aventura’. Aventura que em alguns casos é uma viagem sem volta. O acesso fácil às novas drogas e a ilusão de que elas não fazem mal algum e que servem apenas como uma fonte de ‘energia’ para poder virar a noite dançando na balada, é mais preocupante ainda. As novas drogas viciam rápido e, assim como as drogas mais pesadas, também podem levar à morte. A tal fonte de ‘energia’ tem os mais variados nomes e formas e, apesar dos inúmeros alertas sobre suas graves conseqüências, vem conquistando mais e mais adeptos, principalmente entre os adolescentes com idade entre 14 e 18 anos. A maioria acredita que é apenas uma forma de diversão, e não admite ser dependente. E é justamente aí que mora o perigo, pois não é necessário uso freqüente para criar dependência. E mais, nem sempre as mortes ocorrem por overdose das drogas mais pesadas. As chamadas ‘pílulas do amor’ ou as ‘balas’- que os jovens não incluem no rol das drogas - também podem matar. Aliás, o uso das ‘balas’ nas festas e baladas parece ser corriqueiro para alguns jovens, até porque seu uso chega a ser cantado em verso e prosa em algumas músicas, como é o caso de ‘Balinha Colorida’, sucesso do cantor de reggae Armandinho, que estourou na cena musical no ano passado. ‘Comprei uma balinha colorida para entrar na festa’ diz a música, numa demonstração clara do uso da droga para embalar a noite de festa. E muitos jovens acabam acreditando que a tal ‘balinha’ é mesmo só uma diversão, ignoram que o que estão ingerindo nada mais é do que ecstasy, droga alucinógena que pode provocar danos irreversíveis. E o que é pior, há casos em que na ânsia do lucro fácil vendem-se ‘balinhas’ falsificadas, colocando ainda mais em risco a vida de quem as consome. As campanhas antidrogas alertam quanto ao uso das drogas, mas de forma mais generalizada. O uso cada vez mais freqüente de novas substâncias faz com que seja necessário chamar a atenção dos jovens, de forma clara e sem rodeio, dos perigos a que estão sujeitos ao usarem as tais ‘balinhas’. Eles precisam ser alertados de que não sabem exatamente o que estão ingerindo. Precisam saber que a euforia da ‘balinha’ é passageira, mas os danos à saúde podem ser graves e permanentes. É necessária uma campanha mais direcionada, uma campanha de impacto - o inimigo vem avançando rápido e em muitas direções. E mais: é preciso também fazer um alerta aos pais, pois aquilo que muitas vezes eles acreditam ser apenas ‘uma fase’ de rebeldia, que vai passar rapidamente, pode ser o caminho para uma viagem sem volta."


TÂNIA NARA MELO é jornalista


>> É preciso falar sério também de vez em quando. Nem tudo que nos é apresentado é maneiro, é diversão despretenciosa! Saibamos viver BEM, meus amigos... Ser jovem não é sinônimo de irresponsabilidade e imaturidade. Esse texto só ilustra uma droga de várias que já fazem parte do cotidiano de muitos jovens do nosso país.




Comunidade: "O tráfico depende de você".



Site de combate às drogas.



Nenhum comentário: