terça-feira, 15 de setembro de 2009

Diretriz? Wall-E!!


Quando vi o primeiro trailer de Wall-E, confesso que fiquei com o pé atrás com o robô e com o filme como um todo. Afinal, como dar crédito à uma animação quase muda? Certo, eu gosto bastante de Charlie Chaplin, mas daí a acreditar no potencial de um filme da Pixar feito com “toques” de cinema mudo eram outros quinhentos. Há alguns meses atrás deixei meu pré-conceito de lado e queimei bonito a minha língua. Wall-E é um dos melhores filmes que já assisti.
O filme começa com um solitário Wall-E, andando em meio ao caos de um Mundo abandonado. Os prédios do que antes fora uma grande metrópole tem aspecto sujo e negligenciado. Ao contrário do robô protagonista, eles não estão sós, têm como companhia pilhas e mais pilhas de lixo. Não há qualquer sinal de verde e por conseguinte, de animais. Em meio há tanta destruição, ainda funciona a propaganda da Sonda Espacial Axion, que promete deixar todos os habitantes da Terra seguros e com comodidade até que o Planeta esteja totalmente limpo pelo robôs compactadores de lixo Wall-E. A promessa obviamente não é cumprida e Wall-E é o único robô de sua “espécie” que ainda funciona e cumpre seu dever diário. Aliás, resumir seu trabalho a dever chega a soar injusto e deveras pesado. Wall-E cumpre sua função com prazer e com a curiosidade de quem não entende e provavelmente nunca viu uma espécie tão peculiar quanto a humana. Ele separa pra si objetos que julga importantes como uma caixa de anel, um cubo mágico, talheres e os guarda numa estante cheia de outros objetos colecionáveis. O que não presta vai pra pilha de lixo. Até que um dia ele encontra algo ainda mais especial e diferente de tudo que vira até ali: uma muda de planta. Como quem compreende a delicadeza e fragilidade da planta, ele a põe numa bota e a guarda com cuidado, separa dos demais objetos. Mais eu não conto pra não estragar o filme! ;-P
O que me fez me apaixonar pelo filme foi a sua história simples e a maneira apaixonante como foi contada, aliás, como é a maioria dos filmes da Pixar. Preciso dizer que o único que não curti foi Ratatouile (que achei superestimado), mas é uma empresa que me encanta desde moleque (com Toy Story). Wall-E é mais humano que qualquer uma das pessoas a bordo da Axion com sua curiosidade pelo novo, sua paixão por cinema e seu amor por Eva e é isso que o torna totalmente carismático, mesmo sem saber falar mais que duas palavras.
Wall-E é o filme que transmite lições a todos nós sem ser piegas e mais importante: que realmente ficam conosco quando ele termina. Um filmaço!

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